quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Bicho de sete cabeças ?





Passava longe na sua cabeça que seria amor. Sentia que era mais uma inquietação da mente, um desejo normal como qualquer outro. Nem sabia e nem se importava com o que era “amor”. Seria um monstro de sete cabeças ou seria um alivio da alma? Preferia acreditar no monstro de sete cabeças. Queria se manter longe disso, imune. Porém, já não dormia como antes, lembrava a cada instante daquele encontro, nunca se sentiu assim, nunca teve necessidade do segundo encontro. Agora estava diferente, procurava retalhos daquela pessoa que era antes da fria noite de junho, não tinha sobrado nada, era outra. Era uma pessoa sem defesas, estava fraca e precisava como nunca de sentir o amor, mesmo que fosse aquele monstro de sete cabeças que tanto acreditava. Queria ter um papo serio com um monstro, queria entender tudo que estava sentindo, afinal, sentia algo novo. Correu atrás de todas as maneiras para consegui-lo, mas não obteve sucesso. Passou dias sofrendo, o que levou a uma raiva extrema, mas uma raiva tão forte que afirmava: “O amor não era um monstro de sete cabeças”, o monstro era por quem ela havia se apaixonado, o infeliz que a fez tão mal.

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